terça-feira, 25 de maio de 2010

O cristão e o não-cristão

O cristão e o não-cristão são absolutamente diferentes quanto àquilo que admiram. O cristão admira o «pobre de espírito», enquanto que os filósofos gregos desprezavam esse tipo de homem; e todos os que seguem a filosofia grega, na teoria ou na prática, continuam fazendo a mesma coisa. . . O mundo acredita na confiança própria, na auto-expressão e no domínio sobre a vida; o cristão crê que deve ser «pobre de espírito». Apanhe os jornais e veja que espécie de pessoas o mundo admira. Você nunca encontrará coisa alguma que esteja mais longe das bem-aventuranças do que aquilo que apela para o homem natural, para o homem do mundo. O que atrai a admiração dele é a própria antítese daquilo que você encontra nas bem-aventuranças. . .

Depois, é claro, eles forçosamente diferem quanto àquilo que procuram. «Bem-aventurados os que têm fome e sede. . .» De que? De riqueza, dinheiro, categoria, posição, publicidade? De modo nenhum. «De justiça» . . . Considere qualquer um que não se apresenta como cristão. . . Procure ver o que ele busca e o que ele, de fato, quer, e você verá que é sempre diferente da justiça.

Ainda, como é natural, eles são por completo diferentes quanto àquilo que fazem. Dá-se isto necessariamente. . . O não-cristão é totalmente coerente. Ele diz que vive para este mundo. Diz ele: «Este é o único mundo que existe, e pretendo tirar dele tudo que posso». Ora, o cristão. . . reputa este mundo apenas como o caminho que leva a algo amplo, eterno e glorioso. Sua ambição e perspectiva são completamente diversas. Ele, pois, crê que deve viver de modo dife¬rente. Assim como o homem do mundo é coerente, o cristão também deve ser. Se o for, será bem diferente do não-cristão; não poderá evitar isso. (Vide 1 Pedro 2.11,12). . . Outra diferença essencial. . . tem que ver com a crença no que podem fazer. O homem do mundo é demasiado confiante quanto à sua capacidade. . . O cristão. . . reconhece honestamente as suas limitações.



Lloyd Jones /Escritura em foco

Um comentário:

  1. Paz seja contigo

    As diferenças entre cristão e não cristão em certas ocasiões são camufladas por atitudes que tem aparência de piedade, mas são puro interesse pessoal e não um doar-se ao próximo.
    Por isso confiemos em Deus para saber discernir um do outro naquilo em que os não-cristãos temtem fingir serem, para que ninguem seja confundido.

    Permaneça na Graça e nela frutifique

    Seja bem vindo em meu blog e se puder ser edificado na Palavra

    atalaia do castelo.blogspot.com

    Nicodemos

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